Sem mistério, o release é uma das principais ferramentas que a Assessoria de Imprensa usa para comunicar-se com os veículos de comunicação. Mas, cuidado: a essência do texto é informação. Relevante, por favor!
Com um discurso onde organiza os feitos da organização e então divulga os mesmos, o release não deve, em hipótese alguma, ser banalizado, questão essa que é corriqueira.
Os empresários e dirigentes precisam ter em mente que nem tudo que sua empresa faz é notícia. E cabe a nós, assessores de imprensa, orientarmos a diretoria e a presidência. Muitas corporações pecam pelo excesso de informação que passam aos veículos. Isso causa desconforto e animosidade entre o jornalista e sua marca, sim, isso é verdade.
O que acontece? Se, mesmo sem um fato relevante a empresa comunica quase diariamente, o valor da notícia se perde para o jornalista e, o dia em que o fato for realmente importante, não receberá a atenção devida. Todos sabemos que o objetivo de uma Assessoria de Imprensa é divulgar a organização, mas, em nenhum momento, deve ser deixado de lado a questão primordial do jornalismo: qual o interesse público desse release? E, quando falo desse interesse, não me refiro somente ao público em geral que está em contato com os veículos e sim ao mercado o qual a organização faz parte, a economia que movimenta, dentre outros. Toda notícia deve ser elaborada a partir de um interesse sim, mas não só próprio, mas muito mais abrangente. Noticiar apenas que o presidente esteve em uma janta no restaurante mais chique da cidade NÃO É NOTÍCIA!
A Assessoria de Imprensa está para somar, não para subtrair. Ela precisa fazer um levantamento de todas as editorias que interessam ao seu cliente, fazer um mailing dos jornalistas e, sim, criar a boa vontade entre os públicos. Para isso, precisa ser confiável, precisa mostrar que conhece o limite da notícia relevante e da irrelevante. Do contrário, nem só a organização fica na mira de fogo do jornalista, afinal, sabemos que o colega do veículo recebe milhares de informações e releases por dia.
Outra questão que precisa ser bem pensada são os formatos em que se envia a informação. Antigamente pensava-se em horários de fechamento, mas hoje, com a web, isso é passado. Sabemos que muitos empresários gostam das notas em impressos, ai sim, cuida-se o horário de fechamento, do contrário, o que você enviou ao colega da redação na manhã de hoje, pode estar no ar no período da tarde. Mas, nunca se pode esquecer que cada veículo de comunicação exige um formato para envio de notícia e, muitos veículos tem seus parâmetros editoriais, basta fazer uma busca no site da empresa jornalística. E sim, seja sucinto, não mande duas, três laudas para a redação. É preciso ser dinâmico nas informações, afinal, se estamos enviando uma conteúdo relevante, o jornalista fará o seu papel de correr atrás de mais informações, caso seja de seu interesse. O cara é profissional, precisa tanto da notícia para seu espaço como a empresa de seu lugar no veículo. Então, não force a barra, pense como o jornalista da outra ponta e esteja sempre disponível para dar conta da demanda do veículo, caso essa se faça necessária.
A regra é sempre a mesma, tanto para vida quanto para o mercado: se há interesse, ambas as partes ganham de forma espontânea, forçar situações só gera desconforto.
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