26 de setembro, Dia Internacional das Relações Públicas. Quero dedicar este post a minha formação primeira, mas não quero fazê-lo cheio de roteiros, palavras prontas e definições de teóricos. São eles importantes, sim! Mas, aprendi na faculdade, especialmente fora dela, que Relações Públicas se aprende fazendo. Sim, quer queira, quer não, é a mais pura verdade. Não existe fórmula pronta de trabalho e, os roteiros de planejamento são vazios quando pensamos em operacionalizá-los. Que nos dão um norte, não há dúvida, mas ali, cara a cara com os gestores, o bicho é diferente.
A profissão reza que nosso principal objetivo é tratar com o interesse entre os públicos e, parafraseando um teórico (mesmo que eu tenha dito que não falaria nisso), desde que existem pessoas, boas ou más Relações Públicas existem. Então, arregaça as mangas e começa a estudar a empresa e sua comunidade interna e externa. Com todas as limitações que podem existir para esse profundo e importante estudo, é necessário ir além das informações que são passíveis de serem colhidas. Não se chegará a lugar algum, a nenhum resultado satisfatório, sem fazermos uma leitura real da empresa, de seu público, de seu posicionamento, de sua cultura interna e de sua posição mercadológica. Eventos, que atraem pessoas, enchem os olhos, mas precisam resultar em cifras, esse é o objetivo final. Mas claro, atingir metas não significa passar por cima de todos.
O profissional de Relações Públicas precisa ser atento, nem de longe ser preguiçoso, deve adorar não ter rotina e gostar de ler todos, sim, TODOS, os comunicados da empresa, para então buscar a estratégia de ligação com os públicos, unir pessoas. Mas é preciso ler não somente o que está posto, e sim prestar a atenção no conotativo do dia a dia. O RP, como carinhosamente é chamado, não deve, em momento algum, se achar melhor ou pior que demais colegas da comunicação. Por mais que digam por aí que somos os gestores da comunicação, temos que entender que as demais atividades que compõem um núcleo de comunicação contam com especialista como os publicitários, jornalistas e muitas vezes arquitetos. Temos que saber o que a empresa quer, mas ter noção do que pode ou não ser operacionalizado, isso os demais profissionais nos dirão.
Nunca um Relações Públicas deve esquecer que, por todos os ângulos que se olhe uma empresa, existirão pessoas. Os laços precisam ser estreitados e nem só de vantagens se constrói o sucesso organizacional. Às vezes é preciso tirar um raio X da situação e compreender que um recuo pode gerar mais resultados tanto para clientes quanto para o público interno e os dirigentes. Afinal, nós das Relações Públicas, sabemos que imagem é tudo, e ela precisa ser construída da forma mais coerente, ética e humana possível. Trabalhamos com instituições, mas também com seres humanos.
Cabe ao profissional humanizar a empresa como negócio, mostrar suas fontes como pessoas e lembrar que fala com outras tantas almas do mundo. Além de campanhas de marketing, material promocional, eventos e estratégias organizacionais, é preciso ter o foco na qualidade de vida dentro e fora das quatro paredes que podem sufocar o trabalho facilitador que nos oportuniza a profissão. Sejamos como nosso símbolo, os golfinhos, que exploram todo o ambiente e levam alegrias para quem está ou não inserido em seu habitat.
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