Nem só as comunicações dirigidas vivem da definição de seus públicos. Saber com que estamos falando é algo que deve ser pensado, e muito bem pensado, por todos os meios de comunicação. Tanto a área de Relações Públicas, quanto a do Jornalismo e da Publicidade precisam levar isso em conta. A quem você quer comunicar?
Como eu digo, é preciso haver um casamento entre os símbolos apresentados e o discurso proferido. Vemos campanhas de comunicação que falam com o público A, mas na realidade sua marca está mais direcionada e associada ao público C. Assim como muitos jornais internos das empresas querem atingir o chão de fábrica, mas usam um linguajar de difícil acesso à esses colaboradores. Como também de nada adianta fazer uma grande reportagem sobre o desvio de verbas do governo federal se não estiver mastigado o conteúdo, de forma que alcance todas as classes sociais. Não, não é preconceito, é realidade.
Todos os extratos sociais são capazes de consumo, de movimentar a economia e tem direito a informação dentro ou fora de seu ambiente de trabalho. Caso algo esteja desconexo, a mensagem não chega ao receptor. E, se não chega não retorna efeito nem positivo, nem negativo.
Neste post me dedicarei a Propaganda. Quando falo nela, a primeira lembrança que me vem a mente são as inserções do supermercado Nacional. Buscam, com sua publicidade, atingir classes de maior poder aquisitivo por meio de suas imagens e até da ideia que desejam “vender”. E, na sequência, entram os produtos em promoção. Os insumos do “bastantão” como chamo. Ali há erro de retórica e recepção. Um não “casa” com o outro e o Nacional precisa definir o público que deseja atingir. Não pode criar a falsa ideia em seus consumidores, muito menos unir sua marca a entropia. Basta ver a campanha “preço baixo todo dia”. Na sequência entra a divulgação do Festival de Queijos e Vinhos do Big. Sim, grande parte dos produtos tem preços acessíveis, mas a maioria não! E assim, nessa intercalação cria-se o circulo vicioso.
Por mais que esse assunto seja discutido e que a realidade esteja clara, ou seja o negócio do comércio é vender, é preciso sempre pensar na outra ponta e falar com ela. Não apenas para que seja obtido o resultado final, a venda, mas sim para que o público se sinta parte integrante da comunicação. Acreditem, eles gostam disso e, a partir dessa confiança, eles criam a tão sonhada fidelidade, pelo simples fato da marca “falar com eles”.
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